terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Troca de comando valoriza Petrobras



Fonte: Agência Estado

As ações da Petrobras foram, de longe, as estrelas do pregão de ontem. A notícia da substituição do presidente da companhia, José Sérgio Gabrielli, pela diretora de Gás e Energia, Maria das Graças Silva Foster, agradou o mercado e o resultado foram ordens intensas de compras. Os papéis dispararam quase 4% e impediram, mais uma vez, a Bovespa de passar finalmente por uma tão aguardada realização de lucros. Os estrangeiros continuam na ponta compradora e também vêm dificultando esse movimento.

O Ibovespa terminou o dia com ganho de 0,12%, aos 62.386,24 pontos. Esse é o maior nível desde 6 de julho passado (62.565,46 pontos). Trata-se da sexta sessão consecutiva de ganhos, período no qual a Bovespa acumulou alta de 5,47%. No mês e no ano, a alta atinge 9,92%. Na mínima do dia, o índice registrou 61.908 pontos (-0,65%) e, na máxima, os 62.693 pontos (0,61%).

A indicação de Graça Foster será feita pelo presidente do Conselho de Administração da Petrobras, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em reunião do Conselho marcada para o dia 9 de fevereiro. Gabrielli deve participar do governo de Jacquer Wagner na Bahia.

Ajudadas pela compra do investidor externo, as ações ON da estatal subiram 3,61% (giro de R$ 282,864 milhões) e as PN avançaram 3,76% (o maior giro da sessão, de R$ 909,036 milhões).

Os papéis também foram beneficiados pela alta do petróleo no exterior, em razão na notícia de que a União Europeia aprovou embargo ao petróleo do Irã. Na Nymex, o contrato do petróleo para março encareceu 1,27%, a US$ 99,58 o barril. Vale, por outro lado, teve um pregão mais fraco. A ON caiu 0,72% e a PN subiu 0,15%.

Por causa de Petrobras, a Bovespa acabou fechando na contramão das Bolsas norte-americanas que, às 18h10, operavam com pequenas perdas. O Dow Jones tinha baixa de 0,08%, o S&P registrava variação positiva de 0,02%, e o Nasdaq recuava 0,12%. As Bolsas europeias subiram com a expectativa de um acordo entre o governo grego e credores privados acerca da dívida do país, e também pelo bem-sucedido leilão de bônus da Alemanha.

CÂMBIO

No fechamento, o dólar à vista caiu 0,57%, para R$ 1,7490 no balcão – ainda o menor valor desde a taxa de R$ 1,7440 registrada em 11 de novembro passado. Em janeiro, a moeda dos EUA acumula perda de 6,42%. Na BM&F, o dólar à vista cedeu 0,21%, a R$ 1,7531. O giro financeiro registrado até 16h35 na clearing de câmbio somava US$ 1,610 bilhão (US$ 1,133 bilhão em D+2).

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