Por Joffre Melo
O pessimismo dos empresários sobre as condições atuais da economia cresceu em setembro sobre agosto. O indicador caiu de 44,5 pontos, no mês passado, para 44,2 pontos em setembro, informa o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta quarta-feira, 21.09. Somando-se todos os quatro indicadores do ICEI, o índice, contudo, manteve-se estável em 56,4 pontos. O ICEI varia de zero a cem. Valores acima de 50 mostram confiança.
Desde março último, quando registrou 49,9 pontos, a avaliação dos empresários sobre a situação da economia está abaixo da linha divisória dos 50 pontos. Em setembro, dos três segmentos da indústria analisados – construção, extrativa e de transformação –, somente o setor extrativo está confiante sobre o quadro econômico, com indicador de 50, 3 pontos.
O economista da CNI Marcelo de Ávila diz que a confiança do empresário da indústria extrativa sobre as atuais condições da economia se deve às condições que favorecem o setor. “Embora o câmbio esteja desfavorável para a indústria como um todo, o aumento das cotações das commodities e a elevada demanda internacional por esses produtos acabam compensando”, explica.
Apesar de positivo em setembro, com 56,4 pontos, o ICEI caiu sete pontos na comparação com setembro de 2010, revelando empresários menos confiantes de um ano para cá. Contribuíram para a manutenção da confiança do empresariado industrial os outros três componentes do ICEI – condições atuais da empresa, expectativas para os próximos seis meses sobre a economia e perspectivas sobre a empresa:
Sobre as condições atuais da empresa, o índice registrou 50,4 pontos em setembro, enquanto as expectativas sobre a economia para os próximos seis meses ficaram em 55,5 pontos e assinalou 62,9 pontos o índice sobre a situação da empresa.
O ICEI de setembro foi levantado entre 1º e 19 deste mês com 2.292 empresas, das quais 1.206 de pequeno porte, 766 médias e 320 grandes.
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