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Pesquisados com profundidade a partir de dezembro de 2005, quando foram finalmente entregues à coordenadoria regional do Arquivo Nacional de Brasília, vinculado à Casa Civil da Presidência, os arquivos do SNI (Serviço Nacional de Informações) revelam a extensão da espionagem exercida pela ditadura sobre milhares de brasileiros entre 1964 e 1985. Até então, os arquivos ficavam na própria Abin (Agência Brasileira de Inteligência).
De acordo com os registros do Arquivo Nacional, 308 mil brasileiros foram fichados pela ditadura. Ao ter o nome inserido no Cada, a sigla do Cadastro Nacional do SNI, a pessoa recebia um código, precedido da letra "B" e de um número. As fichas remetem a outros arquivos, todos microfilmados. O material compreende cerca de 1 milhão de páginas sobre o dia-a-dia desses alvos da ditadura.
O trabalho do Arquivo Nacional confirmou que o SNI criou braços de espionagem por toda a máquina do Estado, dos ministérios às autarquias, passando por estatais e universidades.
A historiadora Vivien Fialho da Silva Ishaq, supervisora do núcleo dos Acervos da Ditadura e assessora técnica da coordenadoria regional do Arquivo Nacional, fez um levantamento das unidades federais que recebiam e enviavam documentos do SNI e concluiu que pelo menos 248 lugares participaram da rede de informações. "Para a época, era um sistema monumental", diz a historiadora.
A rede se valia de dois tipos de organismos: as DSIs (Divisões de Segurança e Informação), ligadas aos gabinetes dos ministros, e as ASIs (Assessorias de Segurança e Informação), criadas em outros órgãos.
O Arquivo Nacional tem trabalhado para localizar e cobrar a entrega desses acervos pelos órgãos que compunham a rede do SNI. Em outra frente, o Arquivo atende aos pedidos de brasileiros que querem conhecer a extensão da perseguição que sofreram na ditadura. As fichas do SNI só podem ser consultadas pelos próprios interessados, pessoalmente ou por procuração. Vivien e sua equipe atenderam até agora cerca de 7.000 requerimentos.
O Arquivo Nacional guarda ainda cerca de 449 caixas de documentos do Conselho de Segurança Nacional e 948 caixas da Coordenação Geral de Investigação, criada para investigar políticos da oposição e supostos atos de corrupção e desvios de servidores. // Fonte: Folha Online
Pesquisados com profundidade a partir de dezembro de 2005, quando foram finalmente entregues à coordenadoria regional do Arquivo Nacional de Brasília, vinculado à Casa Civil da Presidência, os arquivos do SNI (Serviço Nacional de Informações) revelam a extensão da espionagem exercida pela ditadura sobre milhares de brasileiros entre 1964 e 1985. Até então, os arquivos ficavam na própria Abin (Agência Brasileira de Inteligência).
De acordo com os registros do Arquivo Nacional, 308 mil brasileiros foram fichados pela ditadura. Ao ter o nome inserido no Cada, a sigla do Cadastro Nacional do SNI, a pessoa recebia um código, precedido da letra "B" e de um número. As fichas remetem a outros arquivos, todos microfilmados. O material compreende cerca de 1 milhão de páginas sobre o dia-a-dia desses alvos da ditadura.
O trabalho do Arquivo Nacional confirmou que o SNI criou braços de espionagem por toda a máquina do Estado, dos ministérios às autarquias, passando por estatais e universidades.
A historiadora Vivien Fialho da Silva Ishaq, supervisora do núcleo dos Acervos da Ditadura e assessora técnica da coordenadoria regional do Arquivo Nacional, fez um levantamento das unidades federais que recebiam e enviavam documentos do SNI e concluiu que pelo menos 248 lugares participaram da rede de informações. "Para a época, era um sistema monumental", diz a historiadora.
A rede se valia de dois tipos de organismos: as DSIs (Divisões de Segurança e Informação), ligadas aos gabinetes dos ministros, e as ASIs (Assessorias de Segurança e Informação), criadas em outros órgãos.
O Arquivo Nacional tem trabalhado para localizar e cobrar a entrega desses acervos pelos órgãos que compunham a rede do SNI. Em outra frente, o Arquivo atende aos pedidos de brasileiros que querem conhecer a extensão da perseguição que sofreram na ditadura. As fichas do SNI só podem ser consultadas pelos próprios interessados, pessoalmente ou por procuração. Vivien e sua equipe atenderam até agora cerca de 7.000 requerimentos.
O Arquivo Nacional guarda ainda cerca de 449 caixas de documentos do Conselho de Segurança Nacional e 948 caixas da Coordenação Geral de Investigação, criada para investigar políticos da oposição e supostos atos de corrupção e desvios de servidores. // Fonte: Folha Online
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