segunda-feira, 6 de outubro de 2008

'Ele tinha inimigos', diz Carla Cepollina sobre coronel Ubiratan



Processo contra ela foi impronunciado por falta de provas.'Eu tenho plena certeza que ela é a culpada', declara o promotor.


A falta de provas é o motivo alegado pela Justiça para o arquivamento do processo sobre o assassinato do coronel Ubiratan Guimarães. O juiz considerou que não havia indícios suficientes contra a única suspeita: a namorada do militar, a advogada Carla Cepollina.Veja o site do Fantástico
O assassinato ocorreu há dois anos. Em entrevista ao Fantástico, Carla diz que está com a consciência tranqüila e alega que o coronel tinha muitos inimigos. Carla aceitou falar desde que não mostrasse o rosto na entrevista. De família rica, a advogada foi acusada de matar um dos mais temidos oficiais da PM paulista: o coronel Ubiratan Guimarães, que comandou a invasão do Carandiru, há 16 anos, quando 111 presos morreram.

"Quem não quiser acreditar, que leve a vida e que Deus o abençoe. Eu não posso comandar o que as pessoas pensam", afirma a advogada. Diante da ausência de outros suspeitos, ela afirma que uma possibilidade é a retomada das investigações. "Cabe agora ao juiz e ao promotor se acharem pertinente, reabrirem as acusações e irem atrás das pessoas e das ameaças que eram feitas", diz a suspeita. Aos 63 anos, Ubiratan Guimarães tinha várias armas em casa e concorria à reeleição como deputado estadual. O corpo do coronel da reserva foi encontrado no apartamento dele, em São Paulo, no dia 10 de setembro de 2006. Carla disse em depoimento que passou o dia anterior com o namorado e que quando saiu do local, ele estava vivo. Na entrevista, a advogada não quis falar sobre os últimos momentos que passaram juntos. Na sentença, o juiz Alberto Anderson filho afirma que custa a crer que a ré decidisse matar o coronel, após passar todo o dia com ele, beberem juntos no apartamento e sobretudo depois de uma relação sexual. O Ministério Público não concorda. "De acordo com as provas que estão no processo, eu tenho plena certeza que ela é a culpada", declara o promotor de Justiça João Carlos Calsavara. As investigações apontaram que Carla e Ubiratan tiveram uma discussão por causa do romance do coronel com uma delegada. Para o Ministério Publico, Carla Cepollina cometeu o crime por vingança. "Ela estava no momento da morte do coronel no apartamento", afirma o promotor.

Inimigos


Para a ex-namorada, permanece como mistério a identidade do assassino, que ela diz desconhecer. “Eu não sei. Tem um monte de gente. Ele tinha inimigos da policia, da política”, diz. A promotoria afirma não ter surgido nenhuma informação sobre outras linhas de investigação. "A policia trabalhou no caso e em nenhuma oportunidade apareceu qualquer questão ligada à qualquer facção criminosa ou mesmo questão política", diz o promotor João Carlos Calsavara. O Ministério Publico ainda quer a advogada Carla Cepollina no banco dos réus e, por isso, vai recorrer ao Tribunal de Justiça. Três desembargadores vão decidir se ela será julgada ou não pelo assassinato do coronel Ubiratan Guimarães. "Eu espero que o Tribunal de Justiça (TJ) reconheça que realmente existem esses indícios, para ela ser submetida ao júri", declara o promotor. A decisão do TJ vai demorar, no mínimo, um ano e meio. // Fonte: G1.

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