sábado, 7 de março de 2009

China quer implementar Laboratório contra a Lavagem de Dinheiro

Foto: Google

Os Laboratórios contra a Lavagem de Dinheiro (LAB-LD), implementados pela Secretaria Nacional de Justiça (SNJ), poderão chegar à China. O secretário Romeu Tuma Júnior soube do interesse das autoridades locais depois de proferir uma palestra sobre as ações do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), em visita oficial a Pequim.
O LAB-LD segue uma metodologia inovadora que utiliza programas e equipamentos de informática para o cruzamento e busca imediata de dados a partir de fontes diversas (pesquisa em contas bancárias, por exemplo). A ferramenta auxilia na obtenção de provas para combater a lavagem de dinheiro e já está sendo instalada na Bahia, Rio de Janeiro, Goiás, Rio Grande do Sul, Distrito Federal, São Paulo e no Departamento de Polícia Federal.
“O resultado da missão foi extremamente positivo. Além do Laboratório, os chineses ficaram interessados em conhecer o modelo brasileiro da Enccla (Estratégia Nacional contra a Corrupção e a Lavagem de Dinheiro). A cooperação internacional é fundamental para fecharmos o cerco à lavagem de dinheiro, uma atividade criminosa que não respeita fronteira”, afirmou Tuma Júnior.
Como resultado da visita do secretário, Brasil e China assinarão acordos para o intercâmbio de policiais e de agentes em cooperação jurídica e na recuperação de ativos no exterior, o que inclui o repasse de tecnologia do LAB-LD e a formação de pessoal na questão migratória. Ficou definido que a capacitação de técnicos chineses será feita no Brasil pela SNJ, que também fornecerá assistência na compra dos equipamentos e na instalação do laboratório no país parceiro.
O acordo não terá custos para o Brasil. Os procedimentos para a formalização -assinatura pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva - já estão em andamento entre o ministro de Segurança Pública da China, Meng Hong Wei, e o embaixador brasileiro Clodoaldo Hugueney.
Também está prevista a troca de experiências entre técnicos chineses e o Grupo de Trabalho que deverá propor a criação de uma Unidade de Antropologia e Arqueologia Forenses. O setor contará com profissionais capazes de apoiar investigações sobre localização de corpos, por exemplo. A idéia é oferecer suporte a estados e entidades do sistema de Justiça que precisem de auxílio. // Fonte: Ministério da Justiça.

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