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O médico Dernival da Silva Brandão, da Academia Fluminense de Medicina, disse nesta quinta-feira que o sofrimento purifica. A declaração foi dada em resposta a questionamento feito pelo ministro Marco Aurélio Mello durante audiência no STF (Supremo Tribunal Federal). Mello se disse perplexo com a afirmação.
"Continuamos até mesmo perplexos com a resposta que nos foi dada hoje no sentido de que o sofrimento purifica. [Perguntei porque] costumo presumir o que ocorre", afirmou Mello, após a audiência.
Brandão criticou a interrupção da gravidez em caso de anencéfalos e disse que, mesmo que a criança não sobreviva por muito tempo, há vida.
"Em geral as mulheres que fazem o aborto têm sempre a sensação de culpa, a sensação de perda é comum, até quando [o aborto] é voluntária", disse. O ministro Mello marcou nova audiência pública para o dia 16.
Hoje é o terceiro dia de audiência pública sobre o aborto de fetos anencéfalos. Os STF começou a ouvir os dois lados do caso no dia 26. Nas audiências, representantes de diversas entidades travaram um debate centrado principalmente em argumentos religiosos e científicos.
Rodolfo Nunes, representante da Sociedade Pró-Vida, por exemplo, afirmou que o fato de as crianças com anencefalia conseguirem respirar e interagir com os pais indica que há vida e, portanto, o aborto seria um crime. "A criança que está respirando certamente não está em morte encefálica", afirmou.
Já o advogado Luís Roberto Barroso, que representa a CNTS (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde), autora da ação que originou a audiência pública, diz que a continuidade da gravidez após o diagnóstico de anencefalia pode trazer riscos à mãe. "Qualquer sofrimento inútil e inevitável viola o princípio da dignidade da pessoa humana", concluiu. // Fonte: Folha de São Paulo
"Continuamos até mesmo perplexos com a resposta que nos foi dada hoje no sentido de que o sofrimento purifica. [Perguntei porque] costumo presumir o que ocorre", afirmou Mello, após a audiência.
Brandão criticou a interrupção da gravidez em caso de anencéfalos e disse que, mesmo que a criança não sobreviva por muito tempo, há vida.
"Em geral as mulheres que fazem o aborto têm sempre a sensação de culpa, a sensação de perda é comum, até quando [o aborto] é voluntária", disse. O ministro Mello marcou nova audiência pública para o dia 16.
Hoje é o terceiro dia de audiência pública sobre o aborto de fetos anencéfalos. Os STF começou a ouvir os dois lados do caso no dia 26. Nas audiências, representantes de diversas entidades travaram um debate centrado principalmente em argumentos religiosos e científicos.
Rodolfo Nunes, representante da Sociedade Pró-Vida, por exemplo, afirmou que o fato de as crianças com anencefalia conseguirem respirar e interagir com os pais indica que há vida e, portanto, o aborto seria um crime. "A criança que está respirando certamente não está em morte encefálica", afirmou.
Já o advogado Luís Roberto Barroso, que representa a CNTS (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde), autora da ação que originou a audiência pública, diz que a continuidade da gravidez após o diagnóstico de anencefalia pode trazer riscos à mãe. "Qualquer sofrimento inútil e inevitável viola o princípio da dignidade da pessoa humana", concluiu. // Fonte: Folha de São Paulo
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